Zantex: uma nova opção reabilitadora

Zantex: uma nova opção reabilitadora

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Zantex é um compósito que chega ao mercado brasileiro como alternativa de alta eficiência para a confecção de superestruturas de próteses sobre dentes e implantes.


Há décadas, a confecção de superestruturas protéticas em Odontologia compreende majoritariamente o emprego de ligas metálicas fundidas. Recentemente, materiais cerâmicos usinados em processos CAD/CAM – e notadamente a zircônia – vêm apresentando uma utilização significativa. Porém, ambas alternativas possuem limitações associadas às propriedades mecânicas e características produtivas, o que impacta nos resultados e restringe o uso mais amplo em determinados cenários clínicos.

Não é fato novo o desenvolvimento e a utilização de materiais compósitos que envolvem resinas reforçadas com fibras de vidro. Inúmeras aplicações estão sendo descritas e efetivadas nas mais variadas áreas, inclusive em produtos para a Saúde.

A grande vantagem desses materiais é a versatilidade de constituir as propriedades e características pretendidas, ou seja, demandas mecânicas inerentes às múltiplas aplicações podem ser facilmente resolvidas ao serem estabelecidas propriedades específicas de uso.

Nesse sentido, o compósito Zantex apresenta este conceito em uma de suas versões mais avançadas: a distribuição de fibras de vidro de forma tridimensional em um substrato epóxi, especialmente desenvolvido para oferecer características ideais para a confecção de superestruturas protéticas em Odontologia, seja sobre dentes ou implantes.

Dessa maneira, as principais limitações dos materiais mais utilizados atualmente (metais e cerâmicas) foram eliminadas, oferecendo uma alternativa inovadora para resultados mais versáteis, confiáveis mecanicamente e menos onerosos.

Segundo Aziz Constantino, diretor científico da Intra-Lock, empresa que irá comercializar o produto no Brasil, uma característica desse compósito é a estabilidade dimensional durante o processo produtivo, que não envolve tratamento térmico. Vale lembrar que as alterações dimensionais típicas da fundição de ligas metálicas, bem como o processo de sinterização das cerâmicas, representam um problema para o assentamento passivo de superestruturas protéticas e um enorme índice de retrabalhos.

Outro fator importante: as ligas metálicas e as cerâmicas contam com baixa flexibilidade e elasticidade. Já o compósito Zantex apresenta baixa resistência à flexão (350 Mpa versus 1.200 Mpa da zircônia e 600 Mpa do cromo-cobalto) e baixo módulo de elasticidade (30 GPa versus 210 GPa da zircônia e 275 GPa do cromo-cobalto). Zantex não é friável como as cerâmicas, afastando a ocorrência de trincas e fratura de bordas. A capacidade de absorver cargas frequentes e elevadas torna a confiabilidade mecânica de próteses confeccionadas com esse compósito superior a das ligas de cromo-cobalto e zircônia.