Diego Klee mostra que os pônticos ovais aparecem como alternativa interessante aos tradicionais pônticos em plano inclinado, principalmente em casos estéticos.
O pôntico de uma prótese fixa deve ser desenhado para satisfazer as demandas funcionais, garantir a estética e promover acesso para higienização. Pônticos com superfície cervical em plano inclinado têm sido comumente utilizados em próteses parciais fixas anteriores e posteriores, em função da forma do rebordo residual. Os pônticos ovais com compressão tecidual são uma alternativa interessante aos tradicionais pônticos em plano inclinado, principalmente em casos estéticos, em que a quantidade de tecido presente permite o condicionamento tecidual, por meio de um elemento provisório altamente polido e com um adequado perfil de emergência. Esse provisório determina a formação de um sítio receptor para o futuro pôntico, resultante da compressão e condicionamento tecidual (Figuras 1).
Pônticos ovais têm um perfil de emergência muito similar ao dente natural. Todavia, necessitam de quantidade adequada de tecido mole, que deve ser esculpido pelo provisório – este preparo prévio do sítio receptor deve ser obtido pela compressão tecidual controlada. Com este desenho, é possível restabelecer a harmonia dentogengival com a recuperação das papilas interdentais e a reconstituição do arco gengival côncavo, com altura adequada da margem em relação aos dentes adjacentes. Desta forma, eliminam-se os espaços negros nas ameias cervicais e cria-se um perfil de emergência semelhante ao dente natural. Quando corretamente indicados e executados, os pônticos ovais proporcionam bons resultados estéticos, biológicos e funcionais. É importante instruir os pacientes sobre os corretos procedimentos de higiene oral, para garantir que os tecidos abaixo do pôntico se mantenham saudáveis (Figuras de 2 a 6).
Diego Klee
Professor associado da disciplina de Prótese Parcial – UFSC; Doutor em Odontologia Restauradora e Prótese Dentária – Unesp/SJC.
Orcid: 0000-0002-6927-331X.
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